Museu de Paleontologia de Marília abre as portas para descobertas
terça-feira, 16 de julho de 2013As férias são um período de brincadeiras e diversão, certo? Errado. Esse período também pode ser aproveitado com atividades que aliam conhecimento, aprendizado e muita descontração.
Foi pensando nisso, que a secretaria de Cultura de Marília decidiu manter a abertura do Museu de Paleontologia da cidade durante o mês de julho e ainda acrescentou um horário especial aos sábados, para que pais e crianças possam se divertir e conhecer um pouco mais da história dos dinossauros.
A exemplo de anos anteriores, o museu terá, além do horário habitual, das 8 às 17h30 durante a semana, estará aberto também aos sábados, das 14 às 18h para receber o público em geral, da cidade e da região, que vem a passeio, para compras ou mesmo só para conhecer o museu.
Segundo o paleontólogo e coordenador do Museu, Willian Nava, a qualquer período é possível tomar conhecimento que a região de Marília foi habitada por outras vidas. “O conhecimento a respeito da mudança do planeta no decorrer dos séculos é importante também para que estejamos preparados e possamos entender o que acontece no mundo e ao nosso redor”.
A entrada ao Museu é gratuita, por isso, Nava destaca esse ponto como um dos principais. “Não é qualquer jovem no Brasil que tem a oportunidade de ver e saber a respeito de um fóssil de dinossauro gratuitamente. A grande maioria dos museus no país são pagos e por isso o acesso é mais difícil”.
Essa é mais uma opção de cultura, lazer e turismo para Marília que foi presenteada com as réplicas de dinossauros distribuídas em pontos variados da cidade, uma delas em frente ao museu, e que tem atraído a atenção. Também para agradar os visitantes será distribuído um dino imã de geladeira com a imagem do dino, e as crianças poderão ganhar também pequenos fragmentos de fósseis.
Um passeio repleto de novidades
Periodicamente alunos de colégios de Marília e região frequentam o Museu de Paleontologia para saber mais a respeito dos dinossauros que habitaram Marília. Como o estudante Igor Alves Porfilo, 13, que foi ao museu pela primeira vez acompanhado dos colegas de classe e gostou muito do que viu por lá. Ainda revelou gostar muito de visitar museus. “Sempre que tenho oportunidade vou a um diferente. Acho legal porque acabo aprendendo coisas que jamais poderia imaginar que existia”, destacou.
À visita do Museu em Marília, o adolescente diz que agora sonha em conhecer grandes museus de São Paulo, como o Memorial da América Latina. “Tem tantos que pretendo visitar que nem mesmo sei o nome, mas já pedi para meu pai me levar”, conta.
Já a estudante Gabrieli Vitória da Silva, 11, perdeu a conta de quantas vezes foi ao museu em Marília e não se importa quantas vezes ela vá, sempre vai gostar e se surpreender com alguma novidade.
“Acho que o museu nos ajuda a compreender muita coisa no mundo, principalmente sobre história geral. Sem falar que conseguimos guarda o que o professor nos fala quando temos um exemplo ou algo concreto na nossa frente. Na hora da prova fica muito mais fácil”.
No topo da lista de museus que a estudante pretende visitar está o Catavento, localizado na cidade de São Paulo. “É um museu diferente. É interativo e muito mais divertido. Sempre quis ir até lá e um dia pretendo ir”, disse.
Marília é reconhecida como sítio paleontológico
Atualmente, a região de Marília é considerada um dos grandes sítios paleontológicos da América do Sul. Tudo começou com a descoberta da primeira evidência de um dinossauro nessa região, em abril de 1993.
De acordo com o paleontólogo Willian Roberto Nava, que ajuda essa ciência a ser mais divulgada no Brasil, o achado foi de grande importância para Marília, que foi reconhecida pela mídia nacional e até internacional. O paleontólogo conta que sonhava com dinossauros desde sua adolescência e após passar quatro anos procurando por fósseis, ele encontrou o grande tesouro.
São quase vinte anos de escavações e descobertas importantes e inéditas na área da paleontologia. Hoje, a cidade de Marília possui quatro sítios paleontológicos, e inaugurou o Museu de Paleontologia de Marília para abrigar e divulgar todo o material encontrando na região. A última descoberta na região foi em 2009, quando o paleontólogo Willian Nava encontrou o fóssil de um titanossauro, dinossauro herbívoro que deveria medir aproximadamente 13 metros de comprimento, com base em alguns ossos removidos em 2010 e 2011.
O titanossauro foi encontrado às margens da SP-333, na zona rural, a 20 km ao norte de Marília. O animal não estava enterrado em área particular e sim na faixa de domínio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Fonte: Diário de Marília
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