Entidades assistenciais passam por momento crítico em Marília
sexta-feira, 26 de julho de 2013Entidades assistenciais estão com problemas graves de superlotação e também para controlar as finanças em Marília (SP). O envelhecimento da população e a desunião da família são os fatores que mais contribuem para o problema.
O “Cacam” é a porta de entrada para qualquer outra instituição de Marília que cuida de crianças carentes. O menor que é retirado do ambiente familiar vai para a entidade. Seja qual for o motivo: drogas, álcool ou maus-tratos. O problema é que o Cacam tem capacidade para atender 25 jovens, mas atualmente abriga 33. Os gastos por mês chegam a R$ 100 mil.
“Há um improviso. A gente sempre reserva camas, colchões pra estar colocando. O espaço é pequeno dos quartos, mas os rotarianos estão pensando em aumentar os quartos”, afirmou a coordenadora Sueli Aparecida Spadotto.
Essa é a situação de muitos lares de acolhimento de Marília. As 32 entidades que existem na cidade não são suficientes para atender a demanda. Algumas delas são filantrópicas e, outras, mantidas pelo poder público. O fechamento do “Lar de Meninas Amelie Boudet”, no fim do ano passado, agravou ainda mais o problema. O local oferecia 20 vagas.
Para o Secretário Municipal de Assistência Social, a solução não é aumentar o número de vagas nos lares, mas sim, reformular o sistema de acolhimento. “Precisamos repensar essa questão de porta de entrada. Deveríamos ter uma divisão por faixa etária. De um dia a seis anos e 11 meses, de 7 anos a 13 anos e 11 meses, de 14 a 18 anos, respeitando as exceções. Aí nós poderíamos trabalhar na mesma faixa etária o que facilita a convivência”, alertou o secretário de Assistência Social, Hélio Benetti.
Não são só as entidades que cuidam de crianças e adolescentes que passam por dificuldades financeiras e de superlotação. Um asilo que abriga 65 idosos também enfrenta problemas e 30 pessoas estão em uma lista de espera. Em Marília, são cerca de 100 idosos que esperam por uma vaga em asilos. Cada idoso internado na “Mansão Ismael” paga o correspondente a 70% do salário mínimo. A família dessas pessoas ainda contribui com remédios e fraldas.
A instituição paga os salários dos 20 funcionários e sobrevive graças a doações e a um bazar beneficente que ajuda a arrecadar fundos. “A população está envelhecendo muito e está faltando um olhar mais rígido do Ministério Público, do pessoal, dos governantes. Eu acho que a prefeitura deveria ter um abrigo para as pessoas que não têm condições de pagar um salário mínimo, que é o que as instituições privadas cobram hoje”, disse a assistente social, Isabela Gomes Martins.
Fonte: G1
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