População de Marília sofre com falta de remédio nos postos de saúde
terça-feira, 10 de abril de 2012Os postos de saúde da cidade de Marília deveriam fornecer um determinado número de medicamentos, de alto e baixo custos para a população, mas os moradores só se deparam com a seguinte frase nas portas dos postos: “estamos com falta”.
A cada mês, cerca de trinta pacientes procuram a Defensoria Pública de Marília para ter acesso aos remédios. Segundo a Constituição Federal, o estado é obrigado a dar atendimento adequado à população.
Elizabete Mesquita, dona de casa, precisa tomar remédios para combater doenças como diabetes, colesterol e pressão alta. O gasto chega a quase R$100 por mês. “Dois aqui eu pego de alto custo. O resto aqui é tudo comprado porque não tem no posto. Eu preciso usar contínuo com tanto que tá ali na receita. Eu vou lá, não tem, e eu preciso comprar.”
Patrícia Silva Gonçalves, neta de Elizabete, também sofre quando precisa encontrar remédio para o filho no posto de saúde. Medicamentos receitados pelo médico, como um calmante e outro para melhorar a respiração não saem por menos de R$80 por mês. “Você chega lá e falam: Ah, vai chegar mês que vem. E aí voccê tem que correr e comprar e ele não pode ficar sem o remédio dele”, ressalta.
Esses problemas enfrentados nos postos de saúde têm levado cada vez mais pessoas a recorrerem à justiça para conseguir diversos tipos de medicamentos. Segundo Flávio Pontinha, defensor público, para quem quer requerer o remédio, é fácil:
“Basta uma declaração médica explicando a doença que a pessoa tem, o remédio que ela necessita e o receituário médico. Com isso ela comparece na Secretaria Municipal de Saúde ou na Regional e pede para o remédio ser fornecido. Caso não seja, ela vem até a defensoria que a gente ajuíza a ação”.
Apesar das reclamações, a farmacêutica responsável em Marília pela distribuição de remédios na rede pública, Rosângela da Silva, diz que os problemas são pontuais. Segundo ela, o município compra o que é indicado pelo Ministério da Saúde por meio de uma lista.
Rosângela afirma que o problema vem de vários fatores. “Às vezes por uma falta do distribuidor. À vezes o licitante demora na entrega desse medicamento. Então a gente acaba por um período de tempo tendo essas faltas”.
Preço sobe
Quem enfrenta o problema da falta de medicamentos nos postos ainda vai ter um motivo a mais para se preocupar este mês. Os remédios estão sendo reajustados em cerca de 6% em todas as farmácias. De acordo com Cristian Voz, farmacêutico, “quem chega nessa alíquota é o Governo, que nos passa através de um Diário Oficial. Essas atualizações estão sendo feitas diariamente”.
Fonte: G1
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