Ministério Público investiga descarte de agrotóxicos em Marília, SP
quarta-feira, 30 de maio de 2012Uma ONG de Marília, SP, documentou várias irregularidades contra uma associação que recolhe embalagens de agrotóxicos. A denúncia foi parar no Ministério Público. Todas as embalagens de agrotóxicos recolhidas na cidade são armazenadas em um barracão. Segundo a lei, o barracão deveria estar em uma área cercada e protegida, mas um buraco na tela que fica ao redor do terreno facilita o acesso de qualquer pessoa ao lugar.
A situação chamou a atenção do integrante de uma ONG de proteção do meio ambiente. Ele aponta ainda uma série de irregularidades. A começar pela entrada que é mal sinalizada sobre os riscos de contaminação.
“É um foco de poluição ambiental e de envenenamento das águas, essas embalagens. E isso deveria estar totalmente protegido. O pessoal que mora ou trabalha em volta deveria estar consciente do que tem dentro. Deveria ter uma placa avisando, deveria estar totalmente fechado. Os trabalhadores aí dentro deveriam estar protegidos, mas nada disso está sendo feito”, afirma Antônio Luiz Leme, gestor ambiental e presidente da ONG Origem de Marília.
Dezessete fotos foram tiradas por integrantes da ONG. Cada uma delas apontando um problema diferente como a falta de equipamentos de proteção para os funcionários que lidam com as embalagens. Agrotóxicos podem contaminar o solo e a água e ainda causar envenenamento de pessoas. Todas essas irregularidades viraram uma representação contra a prefeitura de Marília, Cetesb e Adama, a Associação das Distribuidoras de Agrotóxicos.
O documento foi enviado para o Ministério Público Estadual. O promotor do meio ambiente, José Alfredo Sant’Anna já pediu explicações à Cetesb, Secretaria Municipal de Agricultura e Vigilância Sanitária.
Segundo dados da Adama, em 2011 foram recolhidas 22 toneladas de recipientes na região. Este ano, já são 13 toneladas. Depois de lavar três vezes as embalagens ainda no campo, o agricultor tem até um ano para levá-las até o depósito. Depois disso, uma empresa faz o recolhimento e transforma o plástico em conduites de energia.
O presidente da Adama, Françóis Guillaumond diz que o buraco na tela é de responsabilidade da propriedade vizinha, que os funcionários sem equipamentos de proteção seriam da empresa que recicla o material e que o local tem todas as licenças para funcionar.
A Cetesb informou que já fez uma vistoria no depósito mas que vai esperar o relatório do Ministério Público. Entretanto, de acordo com os documentos, a licença ambiental está vencida há cerca de um ano. “Do ponto de vista ambiental não foram encontradas quaisquer irregularidades a não ser a licença que teve seu prazo expirado e a adama ainda não providenciou a renovação. Se a associação não providenciar a licença ela receberá uma multa. E isso deve ser feito de imediato, porque funcionar sem a licença constitui crime ambiental”, afirma o representante do órgão Paulo Wilson
Fonte: G1.com
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