Doações da comunidade garantem alimentos de entidades em Marília
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013Entidades assistenciais de Marília, SP, estão passando dificuldades neste começo de ano para alimentar as pessoas assistidas. As despensas estariam vazias desde o começo do ano se não fossem as doações da comunidade que vêm garantindo comida na mesa a centenas de crianças e jovens.
Mas o problema vai aumentar em abril. Cerca de 440 pessoas que prestam serviços na cidade de Marília nas entidades assistenciais, mas são concursadas da prefeitura, terão que voltar a trabalhar na administração municipal. A associação Amor de Mãe tem cinco funcionários “emprestados” da prefeitura de Marília. A prefeitura informou que gasta cerca de R$ 1 milhão com o pagamento dos funcionários que são concursados. Depois do comunicado de que pode ficar sem os profissionais, a coordenação do local estuda solicitar a prefeitura à permanência das pessoas.
Em uma entidade assistencial, que oferece aulas de dança, futebol e acompanhamento escolar a 120 crianças e curso de geração de renda a 60 mulheres só tem o que oferecer nas refeições porque conseguiu doações de alimentos. “Eu consegui sábado uma doação de R$ 40. Já comprei a mistura e ontem à tarde veio carne moída para três dias. Ganhei dinheiro para comprar batata. Vou fazer carne moída com batata e assim vamos indo. Estamos pedindo mesmo, indo de porta em porta, porque nossas crianças sentem muita fome e, em casa, nem todas têm o alimento suficiente”, informou a coordenadora do local, Tammy Regina Gripa.
O filho de Daniela Aparecida de Oliveira frequenta a Associação Amor de Mãe há cinco anos. Ela conta que o filho recebe todas as refeições. “Meu filho está aqui há cinco anos e é uma benção porque ele sai do parquinho chega e almoça, mama e dorme. Aí levanta e vai com as professoras brincar”, avisou a dona de casa.
A suspensão do repasse de alimentos às instituições já dura quase um mês. No Educandário Bento de Abreu Sampaio Vidal, que atende 180 crianças e oferece reforço escolar e aulas de informática, enquanto os pais trabalham o problema é o mesmo. Os armários só estão com alimentos porque a população ajudou. “Desde o início do ano, a gente começou as atividades e eu não sei porque não veio a comida. Então ficou três semanas sem vir e estamos sem alimentação nenhuma. Estamos movimentando à comunidade para conseguir este material”, alertou o diretor da entidade, Agenor Lima da Rocha.
Sobre o fornecimento de alimentos, a prefeitura de Marília informou que seguiu orientação do Tribunal de Contas para regularizar os repasses. Uma das mudanças foi à suspensão do uso da cozinha piloto municipal para atender as entidades, já que a unidade só pode fornecer alimentos para as redes municipal e estadual de ensino.
Com essa readequação, algumas entidades deverão ter o benefício cortado, mas somente aquelas que não atendem crianças. No Educandário Bento de Abreu Sampaio Vidal, onde estudam 180 alunos, por exemplo, a situação já foi normalizada.
Fonte: G1
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